sábado, 22 de fevereiro de 2014

O Outro Lado Da Moeda 1 - Uma introdução ao outro lado da moeda


Pré-requisito: Nenhum

Autor: Gustavo Spina

Milhares de anos se passaram e a humanidade segue sua jornada. Sempre ao seu modo. Ao longo de todo esse tempo, muitos indivíduos interessaram-se por sua própria espécie, por sua história, por seu passado, presente e futuro. Até hoje, diversos estudos são realizados e uma infinidade de linhagens de pensamentos são constantemente desenvolvidas, sobre outra infinidade de assuntos. Ao olhar para trás, há quem diga estar provado que evoluímos de espécies antecessoras, e há quem não tem dúvidas que um ser supremo simplesmente nos criou. Hoje em dia, há quem aposte todas as suas fichas na ciência, seus modelos e teorias, e há quem faça qualquer coisa, tudo mesmo, impulsionado apenas pela fé. Olhando para frente, há quem tem esperanças no ser humano, e há quem afirme, sem titubear, que seremos o instrumento de nossa própria extinção. E esta situação se repete ao longo de cada discussão. Diversas opiniões são construídas, relembradas ou mesmo apenas repetidas, na ausência do privilégio do pensar naquilo que se diz.

Para introduzir este blog, gostaria agora de fazer algumas observações. Algumas características do ser humano são comuns a todos nós, e sempre foram, assim como algumas condições e situações sobre as quais podemos refletir um pouco. Vivemos, constantemente, em função de trocas. Sim, trocas! Vivendo em sociedade, trocamos diversas coisas: olhares, palavras, sentimentos, informações, tudo. Isto é natural, afinal, ao respirar, também estamos realizando trocas. Trocamos gases com a atmosfera, inalando basicamente oxigênio e devolvendo basicamente gás carbônico. Esta característica, com certeza, nos influenciou em nossas criações, sobretudo na criação do nosso sistema monetário, o qual é facilmente identificado como um sistema de troca.

A MOEDA é o meio através do qual realizamos as transações monetárias. Ela é a responsável pela maior parte das trocas que realizamos diariamente. Juntamos moedas e trocamos por qualquer coisa que precisamos ou queremos. Para os mais simplistas, nossa vida pode até ser resumida a um sistema de troca de moedas, onde cada pessoa diferencia-se das demais apenas pela quantidade e tipos de trocas diferentes que realizou ao longo da vida. Mas deixando isto pra lá, e sendo um pouco mais detalhista, podemos aprender muito com este pequeno objeto em formato de disco.

Cada país, ou conjunto de países, possui sua própria moeda, e dentro de cada país, as pessoas possuem suas próprias moedas, as quais são constantemente trocadas, em diversos níveis e quantidades. Analisando um pouco melhor a composição das moedas, podemos aprender um pouco sobre nós mesmos. Mesmo sendo algo que temos contato constantemente, provavelmente você não saiba que as moedas são feitas basicamente de níquel, aço e bronze. Que a composição química das moedas de valores diferentes são também diferentes, que tudo isso muda, de país para país, tampouco o que está escrito e de quem é o rosto estampado no lado de trás. Em contrapartida, muito provavelmente você saiba que as moedas de um centavo estão fora de circulação, assim como o valor de cada exemplar, e de quantas você precisa para comprar aquilo que deseja.

Isso evidencia algumas de nossas características. Nos mostra o quão preocupado estamos apenas com o preço de cada coisa, mas nunca com o valor. Mostra também o quanto vemos apenas o exterior das coisas, preocupados com as aparências e cores, pouco nos importando com a composição, o conteúdo e os motivos interiores que fazem as coisas serem como são externamente. E principalmente, isso nos mostra o quão acostumado estamos a conhecer apenas UM LADO, o qual julgamos ser o principal, o verdadeiro, desinteressando-se totalmente em conhecer O OUTRO LADO das coisas, em buscar mais informações sobre aquilo que achamos que já conhecemos bem.

Fazendo um paralelo entre a moeda e as informações, podemos facilmente ilustrar esta ideia. Com informações, com conhecimento, funciona exatamente da mesma forma. Cada país, ou conjunto de países, possui sua língua local, bem como seu arsenal de conhecimento e informações, que são trocadas constantemente, em diversos níveis e quantidades, entre os próprios países, e também entre as pessoas. Algumas pessoas possuem mais, outras quase nada. Umas realizam muitas trocas, outras, pouquíssimas. E exatamente como acontece com as moedas, a maioria das pessoas, ao receberem e acumularem informações, pouco se importam também em conhecer mais, analisar melhor, e acabam, novamente, olhando apenas o lado apresentado a elas, aquele que julgam como principal, como verdadeiro, sem ao menos conhecerem o lado oposto àquela informação.

Dada esta introdução, e tendo em vista este paralelo o qual acabamos de fazer, costumo separar as informações em três grandes grupos:

1 - Este primeiro grupo é o maior, o das informações como elas chegam a nós. A informação que vem das pessoas, da mídia. O lado comum, que todos veem, e que julgam ser o principal, muitas vezes tratando como verdade absoluta. Este grupo de informações é o correspondente à “cara”, o lado da moeda que mostra seu valor, o qual damos maior importância e atenção.

2 - O segundo grupo é o que mostra por trás das informações do grupo anterior. É outro grande grupo, porém não tão grande quanto o primeiro. Neste grupo estão as informações analisadas, difundidas, corrigidas, contestadas, debatidas, refinadas. Estão os outros pontos de vista, estão as verdades e os fatos, que, surpreendentemente, quase nunca coincidem com os apresentados no primeiro grupo. Este é o grupo que corresponde ao OUTRO LADO DA MOEDA, à “coroa”, parte mais valiosa da moeda.

3 - Ainda há um terceiro grupo, desta vez, bem menor que os outros. É o grupo que contém as informações bem pouco divulgadas, mas não por serem escondidas, e sim por não despertarem interesse nas pessoas. São as boas notícias, os bem-feitos, as doações e obras de caridade, já que estas quase nunca estão presentes nas informações que chegam a nós. Esta minoria de boas informações sobre os raros espasmos de amor que o ser humano tem, corresponde ao TERCEIRO LADO DA MOEDA. Isso mesmo. Afinal de contas, uma moeda tem o formato de um disco, que tem uma espessura, mesmo que pequena, diferente de zero, possuindo, desta forma, além das duas faces, uma pequena superfície entre uma face e outra, por meio da qual, os mais habilidosos e pacientes podem até deixa-la “em pé”.

 
Uma moeda e seus três lados.

Enfim, este blog é um trabalho, feito por uma dessas pessoas que se interessam pela sua própria espécie, sobre o segundo grupo de informações. Trabalhos sobre o terceiro grupo também hão de ser feitos, mas estes são projetos futuros. Este projeto, O OUTRO LADO DA MOEDA, é também um trabalho de busca e troca de informações, mas não como no primeiro grupo, e sim informações estudadas, discutidas e mostradas sempre por um ponto de vista inusitado e diferente. Aqui trataremos das questões inerentes a nós, à nossa espécie, ao nosso comportamento, história, crenças e características, contribuindo com a diversidade de linhagens de pensamentos existentes. Discutiremos sempre com a mente na condição de quebrar o maior número de barreiras mentais possível, buscando sempre uma solução, buscando sempre entender, para que possamos mudar tudo para melhor. Há quem diga que a melhor maneira de ajudar uma pessoa é ensinando-a a pensar, eu concordo, e acrescento: abrindo seus olhos e sua mente, tornando-a capaz de enxergar e entender O OUTRO LADO DA MOEDA.

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