sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

O Outro Lado Da Moeda 7 - A maior história já contada


Pré-requisito (obrigatório): O Outro Lado da Moeda 6

Autor: Gustavo Spina

A dependência que a maioria dos teístas, ou seja, daqueles que creem em um deus, para com este ser, é incomensurável. De uma forma geral, assuntos religiosos são ainda um grande ‘tabu’ e, na maioria das vezes, não são nem ao menos discutidos. O medo de desacreditar, como se fosse uma afronta, juntamente com vocábulos aterrorizantes (blasfêmia, heresia etc.) e o senso comum de que ‘cada um tem sua religião’ ou mesmo de que ‘religião não se discute’ são os responsáveis por isto. Talvez nem estas linhas estejam sido lidas, devido ao que foi discutido no texto anterior a este, de número 6. Em contrapartida, se você está passando os olhos por aqui, te convido a ler este texto até o final e te garanto que, apesar de chocado, você também vai enxergar que não há motivo algum para temer.

Começando por Deus, ou seja, o deus cristão descrito na Bíblia, podemos observar alguns erros bastante nítidos. Um deus pode ser definido de muitas formas, porém toda e qualquer definição pode se encaixar em apenas um aspecto: a PERFEIÇÃO. Por definição, se existe um deus, ele é perfeito. Para ter esta certeza, basta simplesmente constatar que, se ele não o for, poderia, por pura probabilidade, existir algum outro ser melhor, e sendo assim, ele já não poderia ser um ou o único deus. Entender que um deus é necessariamente perfeito é um conceito primordial e simples, o difícil é compreender o conceito de perfeição, bem como suas implicações. O deus cristão, nomeado de Deus (que é um nome próprio) não é um ser perfeito, revelando-se incoerente, pois o deveria ser, por definição. Para constatarmos isto, juntos, vamos discutir o conceito de perfeição e analisar o que diz a Bíblia, sobre Deus.

Antes de indicarmos algumas passagens que revelam que Deus não é perfeito e, por isto, é incoerente e não pode existir, vamos analisar o fato de que nós seres humanos, em toda nossa história, sempre utilizamos nós mesmos como base ou parâmetro de comparação a tudo. Desde a criação de sistemas e métodos, como por exemplo, o sistema decimal de numeração o qual utilizamos, que vigorou devido ao fato de termos um total de dez dedos nas mãos, o que facilitaria nossa percepção e capacidade de contagem, até a ‘humanização’ de todo e qualquer ser, atribuindo nossas características a, por exemplo, nossos animais de estimação, como se pensassem como nós: todas nossas idealizações, de tudo que estiver ao nosso redor, são sempre baseadas em nós mesmos.

Não raramente observamos, ainda que num tom de brincadeira, pessoas atribuindo sentimentos imaginários que poderiam ser sentidos por objetos inanimados como telefones celulares ou automóveis. Isto também se reflete na dificuldade que temos, diariamente, em nossas relações interpessoais, pois dificilmente conseguimos ‘nos colocar no lugar do outro’ considerando que, apesar de humano, grande parte de suas características são diferentes das nossas, e que, se estivéssemos na situação dele, e, sobretudo nas mesmas condições que ele, nós agiríamos sim da mesma forma que ele agiu. Não obstante, esta característica de nosso pensamento se aplica também a Deus, quando corriqueiramente atribuímos a Ele sentimentos e características humanas, não enxergando o quanto esses pensamentos são conceitualmente errados.

Sendo um ser perfeito, tudo, exatamente TUDO o difere de nós, seres humanos que (obviamente) estamos infinitamente distantes da perfeição: a forma, a inteligência, os sentimentos, a linguagem, etc. Dessa forma, Deus não poderia ser um senhor, ter mãos, barba, sentar-se, falar, escrever, sentir raiva ou vingar-se; nada disso, pois todas essas características, formas, técnicas e sentimentos são humanos e são provenientes ou susceptíveis a falhas, o que é incompatível com um ser perfeito. Apenas com esta observação já conflitamos com diversas partes da Bíblia, onde Deus conversa com Adão e Eva (como se tivesse voz e utilizasse de nossa mesma linguagem), faz perguntas (como se houvesse a possibilidade de não saber a resposta), castiga (como se fosse capaz de sentir raiva ou sentimento de vingança), entre diversos outros exemplos. Com isto também podemos pôr à prova a famigerada história de Lúcifer ou Satanás, pois sendo Deus um ser perfeito, não poderia jamais expulsar quem quer que fosse, de qualquer lugar que fosse, por qualquer razão que possamos imaginar. Ao justificar esta atitude, com qualquer argumento que seja, principalmente utilizando de opiniões pessoais, como dizer que “você faria o mesmo, no lugar dEle”, é confirmar o que acabamos de discutir, mostrando que nossa cabeça é suficientemente pequena, ainda no século XXI, para justificar atitudes de um ser perfeito, utilizando de nossa percepção de justiça, nossos sentimentos e conhecimentos pífios e falhos.

Vale ressaltar que, considerando que a Bíblia seja, de alguma forma, a palavra de Deus; sendo Ele perfeito, todas as suas obras devem ser perfeitas, e dessa forma a Bíblia deveria ser um livro perfeito, não podendo conter falhas, tampouco ficar ultrapassado ou depender de nossa interpretação. A partir do momento que uma passagem ou frase, por mais curta ou ínfima que seja, for refutada ou mostrada falha, como mostramos no parágrafo anterior partindo do conceito de perfeição, isso estaria revelando uma falha em uma obra de Deus, levando tudo isto ao absurdo. Chegamos então a um impasse, onde restam apenas duas opções: ou a Bíblia não é a palavra de Deus, pois se mostra claramente falha; ou Deus não é perfeito, pois suas palavras mostram-se, através da Bíblia, claramente falhas. Como vimos acima, Deus por definição deve ser perfeito, então devemos, por obrigação e coerência, admitir que a Bíblia é, e sempre foi, apenas um livro escrito por homens.

Esta ultima constatação explica os motivos desta obra possuir tantas falhas e erros acerca de muitas coisas, em diversas passagens. Uma série de textos mais específicos e detalhados, mostrando o outro lado deste que é o livro mais famoso e lido de todos os tempos, há de ser produzida neste blog, posteriormente. Deus, contido neste livro, foi então descrito por nós humanos, sendo apenas mais uma tentativa de definir e idealizar um ser supremo que falhou devido à dificuldade que temos de compreender por completo o conceito de perfeição, sobretudo há milhares de anos atrás. Mostramos até aqui, sem a necessidade de um estudo mais aprofundado, que a Bíblia não pode ser a palavra de Deus, e que Ele é um deus incoerente, pois se mostra imperfeito, contrariando sua própria definição e, portanto, não podendo sequer existir. Sendo assim, vamos agora idealizar um deus coerente, que seja de fato perfeito, e analisar a possibilidade de sua existência.

Para facilitar nossa discussão, vamos nomear nosso deus de X, deixando bem clara a seguinte proposição: X É PERFEITO. Como consequência, X é um deus coerente com sua definição, e, se existe um deus, este deus é exatamente X. Explorando mais o conceito da perfeição, é interessante também constatarmos que X não poderia tomar atitudes, e este talvez seja o aspecto mais difícil de compreender. Tomar uma atitude, ou agir, pressupõe a necessidade desta ação. Para confirmarmos esta primeira hipótese, basta entendermos que uma ação feita, sem a sua necessidade, é inútil ou redundante, e por isto não poderia ser tomada por X. Continuando nossa análise, a necessidade de uma ação também pressupõe que, alguma ação tomada anteriormente tenha sido falha ou incompleta. Para confirmarmos esta outra hipótese, vamos utilizar um exemplo pictórico. Suponha que você deseje desenhar um quadrado. Com os instrumentos que você julgue importantes ou necessários, você então realiza esta tarefa. Se seu quadrado ficou da forma com a qual você desejava, você atingiu seu objetivo e não há nada mais a ser feito. Por outro lado, se houver alguma necessidade de alguma outra atitude posterior, ela necessariamente é consequência de alguma falha, e esta falha é decorrente da imperfeição de sua atitude anterior (de desenhar o quadrado), provinda de suas falhas habilidades cartográficas, má escolha de seus instrumentos etc. Elevando este exemplo ao campo da perfeição, um ser perfeito, ou X, tendo tomado alguma atitude inicial também perfeita, por algum motivo que não possamos compreender, como por exemplo, a criação do Universo e de tudo o que existe, qualquer atitude que ele tomasse posteriormente, indicaria que sua ação inicial foi falha ou incompleta, sendo incompatível com sua definição.

Sendo assim, crenças comuns como a de milagres ou mesmo a crença na eficácia das orações são mostradas falsas, pois não poderia um deus existente, e portanto perfeito, tomar qualquer atitude, sobretudo com caráter remediador ou reparador na vida de alguém, simplesmente porque esta pessoa o louva, ou simplesmente porque o pediu em oração. O conceito de onisciência, o saber ilimitado de tudo e parte integrante do pacote de ‘subcaracterísticas’ da perfeição, reforça esta ideia, pois através deste conceito sabemos que X, ao tomar sua primeira e única atitude, a de criar a tudo, saberia de todas as suas consequências, durante todo o tempo, não fazendo sentido então ‘precisar’ tomar alguma atitude, ou atender ao pedido de alguém, posteriormente. Não raramente ouvimos pessoas dizendo que “Deus nunca deixaria tal catástrofe acontecer” ou mesmo o jargão “se Deus quiser”, sem nos darmos conta do quanto este senso comum é errôneo. Com isto é possível também sugerir um conflito parcial entre os conceitos de onisciência e onipotência, este último significando o poder ilimitado que permite qualquer ação ou atitude, devido ao fato de X não poder, devido a sua própria perfeição (como acabamos de discutir), realizar qualquer ação ou tomar qualquer atitude, limitando a onipotência apenas à sua primeira e única ação, que por coerência, é a única que ele pode ter tomado.

E falando em onisciência, eis que chegamos no ápice de nossa discussão: o conflito entre livre arbítrio e onisciência. O livre arbítrio, entre muitas de suas definições, é o conceito de liberdade total de escolha, da decisão livre. Através dele é que é possível que nós escolhamos entre o preto e o branco, o certo e o errado, entre o loiro, moreno ou ruivo, etc. Vamos começar nossa discussão entendendo que o livre arbítrio deve existir; lembrando que este texto está voltado apenas ao aspecto religioso e puramente lógico da discussão, não entrando no mérito das diversas discussões filosóficas existentes acerca deste assunto específico.

Recapitulando que X tenha tomado, por algum motivo que não somos capazes de compreender, a atitude de criar a tudo o que existe, que resultaria, bilhões de anos mais tarde, em nossas ínfimas existências, apoiados por sua perfeição e consequentemente por sua onisciência, temos a certeza de que ele sabia que iríamos existir. Uma vez que seres vivos são criados, é plausível que eles tenham a liberdade e autonomia total de suas ações. Vale ressaltar que, através de nossa discussão até aqui, já podemos considerar que este possível criacionismo não foi direto, e sim consequência da evolução de tudo o que X criou primordialmente, pois como dito anteriormente, X não poderia ter tomado a atitude de nos criar diretamente, como somos hoje, depois de bilhões de anos de existência do Universo. Para constatar esta afirmação acerca da existência do livre arbítrio, basta imaginar que a criação da vida parcial ou totalmente limitada, como se fôssemos, em maior ou menor grau, apenas marionetes, não faz qualquer sentido, além de conflitar com esta mesma ideia de que X não pode tomar atitudes, logo não pode ficar nos controlando como fantoches.

Partindo agora para o conceito de onisciência, vamos entender também que ela é parte integrante da perfeição, e que sem esta característica, X não seria perfeito. A onisciência, também entre suas diversas definições, é a ampla ideia da capacidade de saber TUDO, infinitamente, sobre qualquer coisa, no passado, presente e futuro. É bastante intuitivo que enxerguemos que sem a onisciência não há perfeição, mas para compreender melhor a dependência que a perfeição tem com esta poderosa característica, imaginemos que exista alguma situação hipotética a qual X não conheça. Supondo que algum ser vivo, por exemplo, um ser humano, tenha o conhecimento prévio desta situação hipotética, isso o proporcionaria um poder ou habilidade que X não têm ou teve, caracterizando-o assim falho ou inferior a um ser falho, ao menos naquele aspecto, evidenciando assim sua imperfeição.

Pressupondo então que para existir, X deve NECESSARIAMENTE ser PERFEITO. E não obstante que para ser perfeito, X deve NECESSARIAMENTE ser ONISCIENTE e, a partir do momento em que nos criou, mesmo que indiretamente como consequência da evolução de sua criação primordial, ele deve NECESSARIAMENTE nos ter proporcionado o LIVRE ARBÍTRIO, então podemos formular as seguintes proposições, sendo elas numeradas para facilitar nossa discussão:

1 – X existe.

1.1 – X é perfeito.

1.1.1 – X é onisciente.

1.1.2 – X nos fornece livre arbítrio.

Todas elas devem ser verdadeiras simultaneamente. Entretanto, se o leitor está atento à discussão, é possível observar uma grande incoerência conflitante entre estes conceitos, sobretudo entre o conceito de onisciência e livre arbítrio. Do conceito de onisciência, podemos inferir, corretamente, que X sabe de tudo, inclusive o que vamos fazer amanhã, daqui a dois anos ou daqui a três milésimos de segundo. Ele sabe inclusive que você está lendo este texto, neste exato momento. Com isto, é possível que realmente haja livre arbítrio? Pense um pouco. Olhe agora ao seu redor, onde quer que você esteja, e escolha um objeto qualquer: mentalize-o. Mas, se X já tinha a certeza de que você escolheria e mentalizaria este exato objeto o qual você escolheu e mentalizou, teve você realmente a liberdade para escolhe-lo? Ou você com certeza o escolheria, de qualquer forma, justamente porque X sempre possuiu este conhecimento prévio que o dava a certeza de que você o escolheria? E se, porventura, você não escolheu e não mentalizou objeto algum, ele também já saberia que você o faria, desde sempre!

Ou seja, se X é onisciente, ele sabe exatamente se você vai ou não ter filhos, se você vai ser bom ou mal, casar com aquela ou com outra pessoa, ele sabe exatamente o modo com o qual você vai morrer, ele sabe TUDO exatamente da forma como a qual irá acontecer. E é este o ponto que os contra argumentadores desta ideia não enxergam: SEU CONHECIMENTO PRÉVIO IRÁ NECESSARIAMENTE ACONTECER. Pois sendo X um ser perfeito, ele não comete erros, então o que ele sabe sobre o futuro é verdade absoluta e irá acontecer de fato, exatamente da forma como ele sabe, não nos deixando escolha alguma! Um bom exemplo que nos faz entender melhor esta ideia é quando criamos uma história, onde, em nossas cabeças, temos todo o roteiro, desde a introdução até a conclusão, definindo muito bem quem é o vilão e quem é o mocinho, não deixando aos personagens a mínima possibilidade de escolher mudar seu rumo, forçando-os a agir apenas e exatamente como já sabíamos previamente que o fariam.

Dessa forma, temos então que a onisciência e o livre arbítrio são incompatíveis e mutuamente excludentes, o que significa que não podem coexistir: a existência de um anula a existência de outro. Voltando então às nossas proposições, temos que: as proposições 1.1.1 e 1.1.2 não podem coexistir, dessa forma, ou uma das duas é falsa, ou ambas são falsas. Mas, a falsidade de qualquer uma delas, ou de ambas, implica na falsidade da proposição 1.1, pois esta depende inteiramente da veracidade de ambas 1.1.1 e 1.1.2. Sendo então a proposição 1.1 falsa, a proposição 1 é necessariamente falsa, pois sua veracidade depende diretamente da veracidade da proposição 1.1.

Em outras palavras, a onisciência e o livre arbítrio não podem coexistir, o que resulta na falsidade de pelo menos uma dessas ideias. Entretanto, para que se tenha de fato a perfeição, são necessárias ambas estas ideias, o que a torna impossível, pois ambas são mutuamente excludentes. Sendo a perfeição uma característica impossível, é impossível que exista X, que por definição deve ser perfeito. Portanto, conclui-se que é logicamente impossível que exista um deus, seja ele qual for. Esta ideia pode ser entendida em frases mais simples, como “a perfeição é impossível”, ou “nada é perfeito”.

Partindo agora para Jesus Cristo, podemos, por consequência de nossa discussão feita ao longo deste texto, simplesmente concluir que sua existência e história são igualmente ilógicas e falsas. Entretanto, trabalhos mais bem elaborados, que fazem mais sentido que a história original, já existem e são infinitamente melhores do que qualquer longa e cansativa discussão textual que possamos fazer aqui. Por isto, indico aqui a você, caro leitor, que pesquise e assista o documentário “Zeitgeist The Movie”, produzido por Peter Joseph. Este documentário foi criado em 2007, ganhando duas sequências: “Zeitgeist Addendum” em 2008 e “Zeitgeist Moving Forward” em 2011, todas de fácil acesso e disponíveis gratuitamente na internet. O primeiro destes três documentários é dividido em três partes, sendo que a primeira, não coincidentemente, possui o mesmo nome deste texto (em inglês The gratest story ever told). Apesar de minha indicação ser de todas as três obras completas, é esta primeira parte, do primeiro longa da trilogia, que trata da discussão do mito acerca da existência e da história de Jesus.

Antes de concluir, portanto, gostaria de exclamar um dos pontos principais deste texto. Aos leitores que seguem este blog desde o início, ou simplesmente que leem os textos desta série em sua ordem correta, convoco-lhes a lembrarem de um conceito mostrado e utilizado no texto de número 4: o conceito do ônus da prova. Eu lhes dissera que este conceito nos seria muito útil mais adiante, e de fato, este momento chegou. A todos que, com esta leitura, em conjunto com a leitura do texto anterior, se horrorizaram e se revoltaram contra estas ideias, ou porventura, contra o autor que vos escreve, eu lhes peço apenas para que apliquem o conceito do ônus da prova, pois são vocês que devem provar que Deus ou X exista, e não eu que devo provar que ele não existe, me fazendo estar na posição mais sensata, sustentando, com estes argumentos, a história que faz mais sentido, e portanto, a versão correta ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO.

Além disso, e como prometido no primeiro parágrafo deste texto, o próprio conceito de perfeição pode nos oferecer um pensamento um tanto quanto tranquilizador. Retomando a ideia de que ‘se existe um deus ele é perfeito’, e assumindo, com toda a humildade humana e científica, que é possível que exista e que eu posso sim estar errado; podemos enxergar que não há nada a temer. Se ele existe, e portanto é perfeito, ele nos ama e nos compreende infinitamente, e nossa escolha de pensar desta forma de nada mudará isto, assim como de nada mudará nossas personalidades e caráter, não nos tornando melhores nem piores, apenas, digamos, um pouco mais racional e menos acomodado em certezas frágeis e incoerentes.

Todos estes assuntos tratados aqui são demasiadamente discutidos, sobretudo filosoficamente, e amplamente debatidos pelos grandes pensadores teístas e ateístas. Para todas as ideias aqui, existe toda uma contra argumentação, tanto acerca do que foi discutido, quanto acerca do documentário o qual vos indiquei. Além disso, existem diversas outras ideias e discussões que tentam provar tanto a existência quanto a inexistência de Deus, ou de um deus qualquer. Deixo claro aqui que as discussões que fizemos neste texto, e no texto anterior a este, foram superficiais e praticamente sem formalismo. Outros textos específicos, mais aprofundados e detalhados serão feitos neste blog, evidenciando os contra-argumentos, dúvidas ou eventuais erros que possam existir aqui. Enquanto isso, convido o leitor a pesquisar, estudar, colocar suas próprias ideias e crenças à prova, a fim de ver o quanto elas são fortes ou fracas, tecer comentários com dúvidas e opiniões. Convido o leitor, mesmo que chocado ou horrorizado a principio, a não fechar os olhos para o inacreditável, a não fechar os olhos para O OUTRO LADO DA MOEDA.

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